22 novembro 2008

VIAGEM INTERNACIONAL IV - A VOLTA

Bom, saimos de Colonia de Sacramento, seguindo um roteiro de um outro portoalegrense, nossa, como tinha desses caras por lá pareciam pardais.
O cara nos disse: voltem uns 50km e entrem por Rosário as estradas são ótimas e sem movimento, realmente parecia que estávamos numa estrada fantasma sem vivalma e socamos o pau. Foram duzentos quilometros a 140km/h, sem refresco ninguem na frente e um um tapete. O Carlinhos só dizia : "caralho esses caras são uns tarados". Diga-se de passagem, que cara esse Carlinhos, não tem tempo ruim, uma puta companhia, só tinha que ter boa comida se não o cara virava bicho, arroz bem quentinho, tem tabasco?, por favor um pouco de farinha, olha o meu bem cheio, tem pão, traga um pouco mais de pão, dá para servir um pouco mais de carne, o cara é foda.....
Bom chegamos a Rivera, e fomos dormir em Santana do Livramento que é colado a Rivera é melhor que Chui mas é um puta "faroeste, terra de ninguem.
Nos instalamos em um hotem e fomos tomar um conhaque em Rivera do outro lado da praça hahahah.
No outro dia, saimos bem cedo para variar, ah, deixe eu contar, todo dia dormiamos em um lugar diferente, em um hotel diferente em um numero de quarto diferente, quando cheguei de volta ao quarto , tentei entrar em um quarto de final 12 que foi o meu último, nossa saiu um cara puto da vida achando que eu estava tentando arrombar o quarto dele, o meu tinha final 14, nós nem sabíamos mais os numeros dos quartos que estávamos, tal a mudança.
Bom fomos direto para onde..... para onde, ses lembram, iriamos para Caxias do Sul, e quase na entrada o Carlinhos pediu para irmos para Bento Gonçalves, e como somos organizadíssimos, lá fomos nós para Bento Gonçalves.
Nossa como comemos e bebemos, na verdade, fechamos o restaurante, tomando licor com o gerente e os garçons, mas foi espetáculo.
Não poderia deixar de registrar um momento diferente que passamos, imaginem que vínhamos na estrada no pauuuuuuuuuuuuu, uns 120km/h, quando vimos dois cavaleiros no meio da estrada, o primeiro empinando seu cavalo alazão, com a mão esquerda segurava as rédeas e com a mão direita empunhava uma bandeira vermelha ascenando para nós, nos assustamos de momento, pensando o que poderia ser aquilo, será um assalto como nos velhos tempos? será a polícia montada? será que é o pessoal do Beto Carrero fazendo uma apresentação? que nada era uma boiada atravessando a estrada, uns mil bois, foi espetáculo, mais uma bela momento que tivemos.
No outro dia, para variar acordamos cedo e nosso destino Florianópolis, será? hahahahahahah, na metade da viagem voltou a chuva e depois de muita água resolvemos dormir, aonde, aonde,.....em São Joaquim.
Que decepção, achamos que deveria ser como Campos do Jordão, que nada, não tem absolutamente nada, naverdade, o que vemos na TV, é uma praça, onde tem um termômetro e umas árvores, que ficam cobertas de gelo nos dias frios, nesse dia estava 9 graus, o único restaurante é o do Hotel São Joaquim, onde pedimos uma sopinha especial para o Carlinhos de "capelete in brodo".
No outro dia, para variar saimos bem cedo e fazia 5 graus e fomos seguir viagem e descer a Serra do Rio do Rastro, quase chegando perto, arreiou aquele molho, uma puta neblina e líamos as placas, " CUIDADO GELO NA PISTA" vai ser uma aventura descer essa serra.
Paramos num posto rodoviário e falamos com os guardas, e eles nos disseram que demos azar, pois o dia iria permanecr assim, chuva e neblina, eu dissa " que merda !, bom tinhamos que seguir assim mesmo frustrados, mas depois de uns duzentos metros descendo, parou a chuva, sem neblina e pudemos nos deliciar com a beleza indescritível do lugar, as curvas são tão fechadas que dava para ver a rabeta da moto, um verdadeiro cotovelo, espetáculo, levamos 1 hora e meia para descer 12 km, de tanto que paramos para tirar fotos.
E lá fomos nós , para onde, para onde, bom primeiro iriamos para Floripa, depois virou Balneário de Camboriu, que virou Joinvile, e foi nessa cidade que dormimos no IBIS, local da nossa primeira parada na viagem anterior.
Choveu muito em Joinvile naquela noite e um Catarinense me disse que fazia 101 dias que chovia por aquelas bandas, saimos para tomar um drink.
Para variar acordamos cedo e começamos o retorno para Santos, iriamos almoçar na estrada, mas estávamos tão alucinados por estrada que resolvemos almoçar em casa.
E precisamente as 15 horas chegamos a Santos, graças a Deus sãos e salvos.
Acho que consegui relatar um pouco de nossa experiência, que realmente, foi uma aventura fantástica, provando que a vida de motociclista é de tirar o chapéu, pois embaixo daquele capacete, com chuva, com estrada em manutenção, sob qualquer circunstância sempre tem um sorriso maroto de felicidade.
No final, depois de 10 dias intensos, rodamos 5.000 km .........é mole?
Um grande beijo a todos aqueles que torceram muito pela gente.